Programa “Família Acolhedora” é destaque na Câmara

        A Câmara Municipal de Uruguaiana, no dia 29 de maio de 2025, contou com a participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para apresentação e divulgação do programa “Família Acolhedora”.

        Por proposição da vereadora Márcia Fumagalli (Republicanos), a Secretária Municipal da SEDES, Joana Grecco, assistente social Tailis Dias e psicóloga Mariana Colazo destacaram a importância do programa para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

         O programa é um serviço de acolhimento temporário de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar de origem por medida de proteção judicial, devido a situações de negligência, abandono ou violência. “É um programa extraordinário porque acolhe com carinho e atenção crianças que, em um abrigo, muitas vezes precisam dividir os cuidados com outras 15 ou 20. Na família acolhedora, elas recebem um olhar individualizado, afeto e cuidado, fundamentais para o seu desenvolvimento”, afirmou Joana.

        A psicóloga Mariana Colazo reforçou que o serviço é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e se diferencia do acolhimento institucional pelo ambiente familiar e mais humanizado. “As famílias acolhedoras oferecem às crianças experiências que muitas vezes nunca tiveram, como sentar à mesa para uma refeição em família, ir à praça, à igreja, participar de eventos sociais. Isso impacta diretamente no desenvolvimento emocional e social dessas crianças”, explicou.

       Segundo a equipe, o serviço está ativo em Uruguaiana desde 2022, mas ainda enfrenta o desafio da ampliação. Atualmente, há poucas famílias cadastradas e não há nenhuma disponível para acolher adolescentes. “Precisamos de mais famílias preparadas para essa missão. Nem todos poderão ser acolhedores, mas todos podem ser multiplicadores dessa causa”, destacou Mariana.

       Durante a explanação, as técnicas também esclareceram que o serviço não é caminho para adoção e que as famílias acolhedoras devem ter sua maternidade ou paternidade bem resolvidas. “Elas são pontes para uma nova vida, não o destino final. E o vínculo não se rompe com o fim do acolhimento — muitas continuam como madrinhas ou tios afetivos”, completou Tailis.

     Ao final, a equipe convidou os vereadores e a comunidade a divulgarem o programa, reforçando que qualquer tipo de família pode se candidatar, por exemplo casais heterossexuais ou homossexuais e pessoas solteiras, desde que aprovadas em avaliação técnica.

         Interessados em saber mais sobre o serviço ou em se candidatar como família acolhedora podem procurar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para orientações e início do processo de capacitação.