Prevenção de drogas e realidade sobre drogas em outros países tiveram ênfase no último dia de Seminário

Na sexta-feira, dia 24, o 3º Seminário Internacional de Prevenção e Combate às Drogas, realizado pela Câmara Municipal de Uruguaiana, contou com a apresentação da atuação do Polícia Federal no Brasil e Uruguaiana, com a explanação da Delegada Ana Gabriela Becker Gomes; da Lei do Uso da Maconha no Uruguai coordenada pela representante de Bella Unión, Maria Líria Martinez; da descriminalização da Maconha nos Países Baixos, explicada pela doutora Carmela Marcuzzo do Canto Cavalheiro; do Colégio Nossa Senhora do Horto, do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) exposto pelo Sgt Rolandi da Brigada Militar de Uruguaiana e de depoimentos de ex-dependentes químicos.

               “Agradecemos ao magistério, estudantes, colaboradores e que todos levam a nossa mensagem e a distribuam: Prevenção às drogas é amor que exige mãos dadas e pés no chão”, declarou o servidor organizador do evento, Loeci Albeche.

 

         A Polícia Federal realizou explanação sobre a atuação em Uruguaiana e as principais drogas e seus efeitos. Foram elencadas as operações envolvendo tráfico de drogas, armas e animais silvestres, descaminho e lavagem de dinheiro. Ainda destacado o perigo das drogas lícitas como álcool e cigarro, e quanto às ilícitas os prejuízos do uso da maconha para jovens em idade de formação do cérebro, os efeitos das mais comuns no Brasil como LSD, extase e crack.

 

             De Bella Unión, a legislação sobre o uso da maconha no Uruguai que a regula e controla foi exposta. Os palestrantes salientaram que o objetivo é combater o narcotráfico e melhorar a saúde pública através da utilização da macanho para medicamentos e de políticas e prevenção e educação sobre o assunto. A descriminalização não é para incentivar o uso, mas controlar o mercado de consumo e direcionar políticas para diminuí-la” ilustrou a palestrante.

                    A descriminalização da maconha nos países baixos foi tratado pela doutora Carmela. Além da contextualização política e geográfica da região citada, a realidade dos países foram apresentadas que inclui o consume somente em estabelecimentos especializados e autorizados pelo poder público ou em casa; proibição de publicidade da maconha em qualquer meio de comunicação e de uso em vias pública e venda para menores de 18 anos e estrangeiros; também a divergência partidária sobre a administração da maconha nos países. “Cem por cento de quem usa drogas pesadas iniciou com a maconha. É necessário informação para que jovens saibam conduzir seu caminho”, concluiu.

                  No turno da tarde, estudantes do 9º ano do Colégio Nossa Senhora do Horto apresentaram trabalhos produzidos de prevenção e conscientização sobre drogas.

                Pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o Sgt Rolanti falou sobre a importância da família, respeito aos pais, limites em casa e das atividades de prevenção. “As nossas ações e de outras instituições que trabalham a prevenção às drogas é silencioso, mas fundamental e efetivo para a paz de todos”, afirmou.

                O 3º Seminário Internacional de Prevenção e Combate o Uso de Drogas encerrou com o testemunho de ex-usuários de drogas que revelaram o início do consumo, a destruição de suas vidas com a progressão do uso, a perda de amigos e da família, os efeitos físicos e psicológicos, por fim suas histórias de superação, luta diária contra a doença e recomendação para que jovens não entrem no mundo das drogas.