Parlamento questiona aumento de tarifas nas contas de luz em CPI

6 de maio de 2014

            Vereadores de Uruguaiana participaram da primeira audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energia Elétrica que trata sobre a prestação de serviços de abastecimento de energia aos consumidores do Rio Grande do Sul. Entre os pontos destacados, esteve o aumento de cerca de 30% na tarifa em 2014 e mais 15% no próximo ano, para os municípios que recebem serviços da AESSul. O evento promovido pela Assembleia Legislativa do Estado em Alegrete, dia 2, contou com a presença dos vereadores Ronnie Mello, Irani Fernandes, Rafael Alves e Luis Gilberto Risso.

A autorização para o acréscimo nas contas de luz de Uruguaianenses e região foi realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), reguladora do serviço no Brasil. No encontro que reuniu cerca de 150 pessoas da fronteira, entre prefeitos, vereadores e representantes de diversos setores, não esteve presente o representante da ANNEL.

          “Lamentamos essa ausência no debate, para esclarecer as razões deste abuso cometido aos gaúchos”, afirmou o presidente da Câmara de Uruguaiana, Ronnie, ao ilustrar a exorbitante diferença de valores no país. Por exemplo, na Bahia foi autorizado aumento próximo à 15%, Sergipe, cerca de 11%, mesmo valor de reajuste para o Mato Grosso, com mais de 1 milhão de consumidores.

          A disparidade também existe no próprio Rio Grande do Sul. A Rio Grande Energia (RGE) acrescentará à tarifa 20%; a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) cerca de 18%, enquanto para as regiões de cobertura de AESsul, incluindo a Fronteira Oeste, soma-se 29,54%.

             Importante frisar as diferenças injustificáveis dos percentuais entre as regiões, uma vez que, a energia gerada pela termoelétrica de Uruguaiana é direcionada para o sistema integrado e vendida pelo Governo Federal para as distribuidoras pelo mesmo preço, inclusive para AESSul. “Não é clara a justificativa para o aumento, situação que faz com que pensemos como consumidores e busquemos nossos direitos na justiça”, afirmou o presidente.