Deficiências do transporte público entram na pauta dos debates da Câmara de Vereadores

As deficiências do transporte público entraram na pauta da Câmara Municipal de Uruguaiana. Na reunião desta terça-feira, o assunto ganhou espaço nos pronunciamentos dos vereadores da casa legislativa, a partir da discussão de dois requerimentos apresentados pela vereadora Josefina Soares (PSDB). A qualidade na prestação do serviço público é exigida por todos os vereadores.

Os debates anteciparam as inquietações dos vereadores com relação ao assunto e deram uma prévia do que aguarda o secretário Vítor Gediel, da Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (Setran). Na próxima semana, o secretário prestará explicações ao poder legislativo de Uruguaiana. A pedido da vereadora Maria do Carmo Machado Victorino (PT), o secretário foi convidado a participar da reunião prevista para o dia 12 de junho (quinta-feira), no plenário da Câmara de Vereadores. Entre as perguntas dos vereadores estarão por que a administração municipal não realizou uma audiência pública antes de dar início ao processo licitatório de 85% das linhas de transporte coletivo e por que falta qualidade na prestação do serviço de transporte coletivo no município.

Na reunião itinerante desta terça-feira, realizada no bairro Cabo Luiz Quevedo, na zona oeste da cidade, parlamentares como Alfeu Freitas (PTB) e Francisco Barbará (PMDB) cogitaram até mesmo da necessidade de realização de uma audiência pública para debater e aprofundar o assunto. Segundo o vereador Alfeu Freitas, a situação do transporte coletivo envolve questões como o sucateamento dos ônibus, a falta de higiene nos veículos e o atraso no cumprimento dos horários. Para o vereador Barbará, o transporte público de Uruguaiana é “caótico” e há necessidade de discutir o assunto.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Mauro Brum (PMDB), chegou a ponderar a desatenção dos vereadores sobre a abertura da licitação de 85% das linhas de transporte. “Na última segunda-feira, a prefeitura abriu licitação para contratos de transporte público que deverão ter no mínimo 10 anos de concessão. Eu não vi nenhum vereador apresentar sugestão ou pedir a suspensão do processo licitatório para discutir com a comunidade”, declarou. Posteriormente, Brum incentivou os vereadores a tomarem esclarecimentos da Setran e a discutirem amplamente o assunto. A vereadora Maria do Carmo Victorino lamentou a ausência de diálogo da prefeitura com os usuários do transporte público. “Quero lamentar o fato da prefeitura não ter promovido uma audiência pública para a participação dos usuários nessa discussão sobre a licitação dos contratos de concessão do transporte público. Isso é algo que afeta a todos nós”, destacou.

 

3 de junho de 2008