Saúde da mulher em pauta na Câmara

     No espaço da Tribuna Livre, realizado em 15 de abril de 2025, os atendimentos em saúde da mulher e a assistência ao pré-natal de alto risco foram os destaques. Por proposição da vereadora Márcia Fumagalli, a coordenadora do serviço no município, Maria Izabel Prato Bertei, apresentou as atividades desenvolvidas na área com a Secretária Municipal de Saúde, Ane Caroline Barreto,

    Foram detalhados os dados referentes ao ano de 2023. De janeiro a dezembro, foram realizados 16.924 atendimentos gerais, uma média de 46 por dia. Especificamente, foram 1.204 atendimentos relacionados ao pré-natal de alto risco. Já de fevereiro a dezembro, foram registradas 968 consultas em ginecologia.

       O serviço especializado está localizado no andar térreo do Centro de Saúde, na Av. Presidente Vargas. Entre os atendimentos ofertados estão: ginecologia especializada; atenção ao pré-natal de baixo e alto risco; acolhimento à gestante de alto risco referenciada; classificação de risco gestacional; acompanhamento puerperal especializado; planejamento reprodutivo (com acesso a métodos anticoncepcionais e às leis que amparam o planejamento familiar); atendimento com mastologista; exames diagnósticos de imagem, como colposcopia e ultrassonografia; além de suporte psicológico, assistência nutricional e social.

   O acesso ao serviço de saúde da mulher inicia-se pelas Estratégias de Saúde da Família, com encaminhamento para a rede especializada conforme a necessidade de cada paciente. A coordenadora destacou o programa “Rede Aline”, que busca compor, melhorar, promover e garantir melhores índices de saúde para as mulheres, especialmente as gestantes.

       Durante a apresentação, foi manifestada preocupação com as altas taxas de mortalidade fetal e infantil, o que tem mobilizado as equipes assistenciais a desenvolverem estratégias que reduzam significativamente esses índices, especialmente no pré-natal de baixo risco. As principais causas estão relacionadas a mortes evitáveis, como o atendimento tardio, a dificuldade de acesso e a falta de informação.

    Entre as ações realizadas pelo município para enfrentar essas causas evitáveis, destacam-se o ambulatório de alto risco, implementado em 2020, e o Comitê Municipal de Mortalidade Materna e Fetal. Essa estrutura conta com uma equipe multiprofissional composta por profissionais da vigilância em saúde, médicos, obstetras e equipe de investigação, permitindo o desenvolvimento de estratégias e melhorias na condução da assistência aos usuários da rede de atenção.

       “Diante das estratégias públicas disponíveis, a equipe da saúde da mulher, junto à Secretaria de Saúde, desenvolve um cuidado integral e humanizado ao longo da vida da mulher. Ao falar de mortalidade materna, falamos de famílias, vulnerabilidades e dos desafios sociais e ambientais. O SUS, com suas diretrizes, busca garantir dignidade e qualidade de vida às mulheres e suas famílias”, destacou a coordenadora do serviço.